O homem suspeito e agora condenado pelo duplo homicídio que tirou a vida da servidora Nauva Bening, de 34 anos, e do filho mais velho dela, Vitor Bening, de 18, em 2016, no município de Vila Pavão, fugiu do Fórum de Nova Venécia antes que a sentença fosse proferida pelo juiz responsável pelo caso. Ele pegou 42 anos de prisão. O suspeito é o ex-marido de Nauva, José Antonio Basto, hoje com 37 anos.
De acordo com uma testemunha, no momento em que o juiz se reuniu com os advogados e integrantes do júri popular para fazer a somatória dos votos e dar a condenação final, o réu saiu da sala de julgamento junto com familiares e pessoas que acompanhavam o júri, o que é normal nesse momento.
Segundo a Polícia Militar, o réu, já fora da sala de julgamento, se misturou com parentes e conhecidos e saiu pela porta principal do fórum, entrando em um automóvel Toyota Corolla de cor preta, que fugiu sentido rua Colatina.
De imediato foi informado ao juiz da vara criminal que presidia o julgamento, ao promotor de justiça e aos oficiais de justiça.
Ainda segundo a PM, o acusado não estava na cela por medida de precaução e nem estava algemado, ele encontrava-se no corredor atrás da cozinha próxima ao salão do júri.
Foi informado também que o juiz já inseriu no sistema nacional que o réu, é foragido da justiça e foi condenado a mais de 40 anos de prisão. Buscas foram realizadas, mas sem êxito em localizar o fugitivo.
O caso
Essa não foi a primeira audiência marcada para julgar o caso. No dia 15 de setembro, um julgamento aconteceria no Fórum de Nova Venécia, mas foi desmarcado por falta de testemunha. Naquela ocasião o suspeito não havia comparecido.
O crime chocou o município de Vila Pavão e região no ano de 2016. O duplo homicídio tirou a vida da servidora Nauva Bening, de 34 anos, e do filho mais velho dela, Vitor Bening, de 18. O principal suspeito é o ex-marido de Nauva que segue foragido.
Os assassinatos foram praticados na frente da filha deles. A criança tinha apenas sete anos na época. Hoje a menina, com 13 anos, mora com um tio no Córrego da Figueira, interior de Vila Pavão.
Quando o crime aconteceu, Nauva e o suspeito já eram separados. O homem, inclusive, já tinha outra família, mas não aceitava que Nauva se relacionasse com outra pessoa. Após o crime o suspeito chegou a ser preso. Ele ficou detido em São Mateus, mas foi solto após 30 dias. Posteriormente foi preso novamente em Minas Gerais e após alguns dias, liberado pela segunda vez. Até o julgamento desta segunda-feira o suspeito não havia sido mais visto.