O estado do Rio de Janeiro registrou o terceiro caso de uma ave silvestre migratória contaminada com influenza aviária (H5N1), conhecida como gripe aviária. O governo do Rio informou, na noite deste sábado (27), que um trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) foi encontrado na Ilha do Governador, zona norte do Rio.
Segundo comunicado oficial, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou a análise do material da ave, que foi recolhida por um profissional especializado na terça-feira (23).
O governo estadual também informou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) das secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e municipal de Saúde do Rio de Janeiro está monitorando as três pessoas que estiveram envolvidas no recolhimento do animal. “Até o momento, nenhuma delas apresenta sintomas gripais, e por isso não foram colhidas amostras para exames”, destacou o comunicado.
Ainda em maio, outras duas aves silvestres da mesma espécie foram identificadas com o vírus H5N1. “Elas foram encontradas em São João da Barra, no Norte Fluminense, e em Cabo Frio, na região dos Lagos”, complementou o Executivo fluminense.
As autoridades estaduais intensificaram as ações de monitoramento e prevenção para evitar a disseminação do vírus no estado. A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) divulgou, nesta semana, o Plano de Contingência, que estabelece medidas de controle para detectar precocemente e conter a disseminação da Influenza Aviária em aves domésticas, silvestres e exóticas. O documento também estabelece o fluxo de informação entre os órgãos envolvidos, uma vez que se trata de uma zoonose com potencial pandêmico.
“As secretarias de Saúde e de Agricultura estabeleceram um fluxo de comunicação para informar qualquer mortalidade de aves suspeitas, assim como pessoas com suspeita de síndrome gripal e histórico de contato com aves suspeitas”, acrescentou o comunicado.
Segundo os técnicos da SES e da Seappa, não há motivos para preocupação da população em relação a uma epidemia de H5N1, uma vez que não há transmissão direta de pessoa para pessoa no momento. Os técnicos também ressaltaram que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas, sejam elas vivas ou mortas”, informaram.
Fonte: Agência Brasil