Polícia Científica recebe peritos para curso de toxicologia forense do Projeto Minerva

A Polícia Científica do Estado do Espírito Santo (PCIES) sediou, entre os dias 9 e 13 de dezembro, um curso de toxicologia forense promovido pelo Projeto Minerva. No evento, estiveram presentes 12 peritos oficiais de laboratórios de toxicologia de diferentes estados.

O curso “Análise Toxicológica Qualitativa e Quantitativa em Amostras de Interesse Forense – GCMS” faz parte das formações oferecidas pelo Projeto Minerva, uma parceria entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Este projeto visa aprimorar as perícias criminais por meio de capacitações presenciais, fortalecendo a qualidade das provas e evidências nos processos penais, especialmente aqueles relacionados ao tráfico de drogas. Ao reforçar as habilidades periciais, o projeto fortalece a produção de provas em meio à alta incidência de crimes violentos associados ao tráfico e ao uso de entorpecentes.

Peritos dos estados do Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina participaram da formação, que aconteceu na Polícia Científica capixaba, no município de Vitória.

As aulas foram ministradas pelos peritos da PCIES, Fabrício Souza Pelição, diretor de Custódia de Evidências e Protocolo (DICEP), e Mariana Dadalto Peres, chefe do Laboratório de Toxicologia Forense (LABTOX), ambos doutores em Toxicologia. A perita Amanda Assunção Vieira, especialista em Toxicologia Forense e membro da equipe do LABTOX, atuou como monitora do curso.

Durante o curso, surgiu uma oportunidade de colaboração entre a PCIES e a Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado do Mato Grosso (POLITEC/MT). O LABTOX analisou uma amostra relacionada ao caso recente de um vencedor da megasena que faleceu não muito depois de retirar o prêmio milionário. Detalhes sobre o caso não podem ser divulgados, mas reforça o papel do LABTOX como laboratório de referência no cenário nacional, contribuindo para o fortalecimento e integração dos laboratórios de toxicologia em todo o país.

O Perito Oficial Geral, Carlos Alberto Dal-Cin, afirmou que sediar um curso do projeto Minerva é uma honra para a Polícia Científica capixaba. “É um projeto de fundamental importância para o combate aos crimes violentos relacionados ao tráfico de drogas. E a participação do Laboratório de Toxicologia reforça o papel de referência nacional de nossos peritos”, afirmou o perito geral.

Para Mariana Dadalto Peres, a experiência de compartilhar conhecimento foi enriquecedora. “Além de proporcionar o contato com profissionais de diversos estados, o curso promoveu debates construtivos para aprimoração dos procedimentos. Ver o impacto positivo que o conhecimento técnico pode trazer para o trabalho de outros profissionais foi uma experiência gratificante e motivadora”, complementou a perita.

“O Curso de Análise Qualitativa e Quantitativa promovido pela Polícia Científica do Espírito Santo é uma referência nacional em toxicologia forense. O corpo técnico qualificado entregou um alto nível de profissionalismo e metodologia, tornando a experiência dos discentes mais didática e proveitosa. Foi um curso bastante exitoso e que agregou bastante conhecimento à prática forense no âmbito toxicológico. Experiência marcante e de elevada qualidade”, afirmou Paulo Cauás, perito de Pernambuco.

Já a perita Dayse Souza, do Paraná, destacou que participar do curso foi uma experiência engrandecedora. “A possibilidade de aprender com colegas com grande expertise na área, além de muita didática, certamente contribui muito para a melhoria contínua da perícia em todo o país”, relatou.