O grupo Petrocity está avançando com o projeto do Corredor Centro-Leste, que visa conectar o Norte do Espírito Santo à Região Centro-Oeste do Brasil por meio de uma malha ferroviária de 2.160 quilômetros. Em fase de licenciamento ambiental e com previsão de início das obras em 2026, o projeto promete gerar pelo menos 6 mil empregos diretos durante a construção das ferrovias, podendo esse número ultrapassar 20 mil em períodos de pico, conforme revelado durante uma audiência pública no Palácio Anchieta.
O Corredor Centro-Leste será composto por quatro estradas de ferro, com contratos já autorizados pelo governo federal. Dentre as ferrovias, destacam-se a EF-030, que liga Barra de São Francisco a Brasília, e a EF-456, que conecta São Mateus a Ipatinga. A expectativa é que, ao final da construção, em 2031, cerca de 1.787 funcionários estejam envolvidos nas operações, com a previsão de movimentar 28 milhões de toneladas de carga no primeiro ano.
O investimento total para a implementação do projeto é estimado em R$ 28 bilhões, sendo R$ 23,5 bilhões destinados à construção das ferrovias. O restante será alocado para a construção do porto do grupo em Urussuquara, São Mateus. A Petrocity está buscando incentivos fiscais que poderiam reduzir o custo de instalação em até R$ 8 bilhões, facilitando a viabilização do projeto.
Além das ferrovias, o projeto prevê a criação de 11 portos secos ao longo da malha ferroviária, incluindo dois no Espírito Santo, em São Mateus e Barra de São Francisco. Esses terminais serão fundamentais para o transbordo de cargas e facilitarão o transporte de produtos agrominerais, integrando as regiões produtivas do Brasil e garantindo uma nova ligação entre o Centro-Oeste, Minas Gerais e o Espírito Santo. O governador Renato Casagrande e outras autoridades destacaram a importância do projeto para melhorar a logística e a infraestrutura do Estado.
