Insulina de Ação Prolongada será disponibilizada no SUS em fevereiro

A insulina de ação prolongada, incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2019 para o tratamento do diabetes tipo 1, começará a ser disponibilizada aos pacientes em fevereiro de 2025. O Ministério da Saúde confirmou que, após dificuldades na aquisição devido à necessidade de que o custo fosse igual ou inferior ao da insulina NPH, um novo contrato foi firmado em dezembro de 2024. A logística de distribuição envolverá o envio para as secretarias estaduais de Saúde, que repassarão o medicamento às unidades de dispensação.

O processo de inclusão de novos medicamentos no SUS requer a aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). A insulina de ação prolongada recebeu parecer favorável para uso no sistema público há seis anos, mas a implementação foi adiada devido a questões contratuais. A expectativa é que cerca de 3,3 milhões de unidades do medicamento sejam fornecidas ao Ministério da Saúde pela Biomm, produtora da Glargilin, que venceu a licitação em 2024.

As insulinas análogas de ação prolongada, como a glargina e a degludeca, oferecem um efeito mais duradouro, liberando insulina de forma contínua ao longo do dia e da noite. A Anvisa já aprovou esses medicamentos para uso no Brasil, proporcionando uma alternativa mais eficiente para o controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 1.

A Biomm, localizada em Minas Gerais, possui capacidade produtiva de 20 milhões de insulinas em canetas descartáveis e reutilizáveis, suficiente para atender uma demanda significativa. A empresa está atualmente na fase de formulação e embalagem do produto, com planos de realizar todas as etapas de produção no Brasil à medida que a demanda por insulina aumentar.