Na quinta-feira (30), novas ações da Operação “Abutres II” foram realizadas em Baixo Guandu, no Espírito Santo, e Aimorés, em Minas Gerais. A operação, que investiga fraudes em pedidos de indenização relacionados ao rompimento da barragem da Samarco em Mariana, busca cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Esta fase é parte de uma investigação mais ampla que já identificou um rombo milionário na extinta Fundação Renova, responsável por indenizar as vítimas do desastre.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) tem concentrado seus esforços em um extenso grupo de beneficiários de indenizações ligadas ao trágico evento que devastou a bacia do Rio Doce. As investigações revelam um “modus operandi” que envolve a simulação de residência em áreas afetadas pela tragédia ambiental, o que resulta em um prejuízo significativo. O MPES alerta que as investigações seguem em sigilo, mas as perdas financeiras são significativas.
Em dezembro de 2024, o MPES formalizou denúncias contra cinco suspeitos de envolvimento nas fraudes. Embora os nomes dos denunciados não tenham sido divulgados devido ao sigilo do processo, a investigação continua em andamento e novas fases são deflagradas regularmente. Cada etapa traz à tona novos elementos de prova e amplia a lista de investigados.
A Operação “Abutres II” teve início em 2023 e, desde então, tem sido marcada pela execução de mandados de busca e apreensão.