Entre as dez cidades brasileiras que mais exportaram café em 2024, oito estão em Minas Gerais e duas no Espírito Santo, Nova Venécia e Vitória.
No ranking nacional, Nova Venécia ficou em 4º lugar, enquanto Vitória aparece em 5º lugar, ao lado de Varginha, Guaxupé, Alfenas e Patrocínio, em Minas Gerais, cidades tradicionais na cultura do café.
As exportações capixabas de café em 2024 foram de US$ 2,092 bilhões, impulsionando toda a cadeia produtiva. Isso incluem pequenos produtores, trabalhadores rurais, caminhoneiros, cooperativas, viveiros de mudas e o comércio local.
Em volume exportado, Nova Venécia liderou no Espírito Santo com 3,098 milhões de sacas, seguida por Vitória (1,972 milhão), Linhares (1,490 milhão), Viana (553,1 mil), Vila Velha (384,6 mil), Dores do Rio Preto (380,2 mil), Colatina (388,3 mil), Muniz Freire (377,9 mil), Serra (273 mil) e Marechal Floriano (227,8 mil).
Exportações para a União Europeia
As exportações de café do Espírito Santo para a União Europeia dispararam em 2024, alcançando um volume recorde de quase 4,1 milhões de sacas, um aumento impressionante de 150% em relação ao ano anterior, quando foram enviadas 1,6 milhão de sacas.
Desse total, 3,95 milhões de sacas foram de café cru em grãos, enquanto 107,7 mil sacas correspondem a café solúvel. Este crescimento não apenas consolidou a União Europeia como o principal destino dos cafés capixabas, representando 40,3% do volume total exportado pelo estado, mas também triplicou o valor das divisas geradas, saltando de US$ 260,1 milhões para US$ 852,6 milhões em um único ano.
Diversos fatores contribuíram para esse desempenho notável, incluindo investimentos em tecnologia que elevaram a qualidade do café capixaba, especialmente o conilon, além de condições climáticas adversas em países concorrentes, como o Vietnã. A antecipação de compras devido a novas exigências regulatórias europeias e a crescente demanda por cafés sustentáveis também impulsionaram as exportações.
A Bélgica se destacou como o maior comprador, com um aumento de 134% nas importações, seguida pela Alemanha e Itália. Esse cenário reflete não apenas a valorização do café capixaba no mercado europeu, mas também abre novas oportunidades para os produtores locais continuarem investindo na qualidade e na promoção de seus produtos.