Uma nova força-tarefa foi formada no Espírito Santo para combater crimes no meio rural, unindo a Polícia Militar (PMES), a Polícia Civil (PCES), órgãos municipais e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Essa iniciativa visa inibir ações criminosas, como incêndios, roubo em lavouras, além do desmatamento ilegal e furto de gado. A ampliação da força-tarefa foi anunciada no Diário Oficial do Estado e surge em um momento em que o aumento do preço do café, um dos principais produtos do Estado, atrai a atenção de grupos criminosos.
O programa do Plano Estadual de Segurança Rural, que foi criado em 2023, conta agora com a participação do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), que atuará em ações de patrulhamento e inteligência para identificar as áreas mais vulneráveis a crimes. Nos últimos dois anos, a força-tarefa já instaurou 151 inquéritos, resultando em 78 prisões ou indiciamentos, além da apreensão de 80 toneladas de pimenta sem comprovação de origem e 115 toneladas de carvão produzido clandestinamente.
O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, destacou que a inclusão da PMES visa fortalecer as ações de combate e reduzir os índices de criminalidade na região. Desde a sua implementação, a força-tarefa já fiscalizou mais de 50 estabelecimentos, aplicou multas superiores a R$ 1,2 milhão e conseguiu diminuir em cerca de 80% os casos de incêndios criminosos na Região Norte do Estado.
O café teve um aumento de 50,84% no preço da saca. O secretário Damasceno alertou que essa alta pode estimular ainda mais a criminalidade no campo, especialmente em um contexto de eventos climáticos extremos e restrições legais que impactam a produção e exportação do grão. A força-tarefa, portanto, se torna essencial para proteger os interesses dos trabalhadores e empresários rurais e garantir a segurança nas lavouras do Espírito Santo.
