A Polícia Civil de Aracruz, indiciou três indivíduos envolvidos em uma fraude de atestados médicos. Dois dos suspeitos foram acusados de uso de documento falso, após apresentarem atestados forjados a seus empregadores. O terceiro, identificado como o responsável pela produção dos documentos, foi indiciado por falsidade ideológica e falsificação de documento público, podendo enfrentar até 11 anos de prisão.
A descoberta da fraude ocorreu quando o médico Cael Motta, após notar irregularidades, reuniu evidências e acionou as autoridades. Em contato com um dos pacientes, ele obteve informações sobre como os atestados foram obtidos, o que o levou a iniciar um processo criminal. Cael revelou que o fraudador alterou carimbos e assinaturas para criar os documentos falsificados.
O delegado Roberto Fanti detalhou o modus operandi da ação criminosa, que envolveu a criação de um layout falso para os atestados, inserindo dados fictícios, incluindo o CRM de um médico e informações de pacientes. O golpista ainda utilizou um CID aleatório para conferir veracidade aos documentos. Esse tipo de fraude, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM), não é incomum no estado, e a orientação é que as empresas verifiquem sempre a autenticidade dos atestados apresentados.
A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, afirmou ter conhecimento de casos semelhantes registrados há cerca de um ano, mas sem avanços nas investigações. Para garantir a transparência nos serviços prestados, a administração municipal destacou que todos os profissionais de saúde estão capacitados para utilizar um Sistema de Prontuário Eletrônico, que assegura a documentação correta e a privacidade dos pacientes, contribuindo para a integridade dos processos de saúde.
