Santa Rita: Sesa descarta Covid e Influenza e testa mais de 300 patógenos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está investigando a origem de infecções registradas na ala oncológica do Hospital Santa Rita, em Vitória, e realizando testes em mais de 300 patógenos, incluindo vírus, fungos e bactérias.

Até o momento, a pasta descartou que as infecções sejam causadas pelo vírus da Covid-19 ou pelas variantes de Influenza A e B (gripe).

Na manhã desta segunda-feira (27), o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, e a coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar do hospital, Carolina Salume, detalharam as ações da Sesa no enfrentamento do surto.

“Nossa principal hipótese é de que a causa seja ambiental, como a água ou o filtro de ar-condicionado em alguma ala frequentada pelos profissionais contaminados. Estamos fazendo análises da água e de amostras de superfícies. Ainda não sabemos se o agente veio de fora do hospital”, explicou Hoffmann.

O que são patógenos?

Patógenos são micro-organismos como bactérias, vírus e fungos, que podem causar doenças ao entrarem no corpo de um hospedeiro, como humanos ou animais.

Os testes para identificar o possível patógeno estão sendo realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde também enviou representantes ao estado para ajudar nas investigações. A expectativa é que até o fim da semana, o agente causador das infecções seja identificado.

“Estamos utilizando uma tecnologia avançada que permite identificar o DNA e o RNA dos patógenos para determinar com precisão qual está causando as infecções”, acrescentou o secretário.

Até o momento, 33 funcionários do hospital apresentaram sinais de contaminação. De acordo com os dados mais recentes, oito ainda estavam internados até o domingo (26), mas dois receberam alta. Nesta segunda-feira (27), seis seguem hospitalizados, sendo que três estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Além desses profissionais, 12 acompanhantes de pacientes também apresentaram sintomas semelhantes e estão internados em outras unidades hospitalares do estado. No entanto, não há confirmação de vínculo epidemiológico entre os casos, que seguem sendo investigados com amostras biológicas enviadas ao Lacen/ES.

Desde o início do surto, várias medidas foram implementadas para proteger pacientes e profissionais de saúde. A Sesa enviou uma nota técnica para todos os municípios capixabas, fornecendo orientações sobre como lidar com casos suspeitos nas unidades hospitalares.

A Secretaria de Saúde esclareceu que a contaminação não se espalhou pela Grande Vitória e não há risco de que o agente infeccioso esteja circulando fora do hospital. Não foram encontradas evidências de transmissão de pessoa para pessoa.