Ameaças de massacre contra alunos do Centro Estadual Integrado de Educação Rural, o CEIER de Vila Pavão, está deixando alunos e pais de alunos em pânico.
De acordo com um estudante do local, as ameaças são direcionadas especialmente à turma do 1º ano.
As ameaças chegam por meio da rede social de um dos alunos do CEIER.
No conteúdo, o suspeito diz que “vai invadir a escola e dar um tiro na cabeça de um aluno que teria vazado um vídeo íntimo e que depois mataria todos do 1º ano e quem passasse pela frente”.
As intimidações recorrentes fizeram com que os pais dos alunos se mobilizassem na tentativa de cobrar um posicionamento mais efetivo da escola e autoridades de segurança.
Nesta quinta-feira (30) o CEIER amanheceu com poucos alunos. De acordo com profissionais que atuam no local, menos de 50% dos cerca de 200 estudantes não compareceram à aula. Porém, muitos pais estiveram na escola à procura de informações sobre a situação.
A mãe de um dos alunos, que pediu para não ser identificada, fala da sensação de impotência diante de tantos casos de massacre e terrorismo em escolas que vêm ocorrendo nos últimos tempos e agora vê uma ameaça iminente bater à sua porta.
“A ameaça está aí. Será que estão esperando acontecer a mesma coisa que temos visto em outras escolas? Um massacre? Algum aluno precisa morrer para que seja tomada alguma providência? A ameaça é real e a gente quer uma resposta. Tenho medo de mandar meu filho para a escola e voltar com ele em um caixão”, desabafa.
Ainda segundo a mãe os dirigentes da escola passam a informação de que as ameaças estão sendo feitas por alguém que não está no Espírito Santo e que por isso não há motivo para pânico.
Uma viatura da Polícia Militar tem ido ao local, mas não fica de prontidão o dia inteiro.
A Polícia Civil de Nova Venécia, que atende o município de Vila Pavão, esteve no CEIER e informou que ouviu várias pessoas, entre eles alunos, e que até o momento não vê perigo real pelo fato de se tratar de um suspeito que está fazendo ameaças do estado do Piauí, mas segue investigando o caso.
Ouça o áudio da mãe de um dos alunos