Atestado de óbito aponta que médica morta em Colatina sofreu asfixia e traumatismo craniano

Atestado de óbito da médica de Teófilo Otoni, Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, encontrada morta, na manhã desse sábado (2), dentro do quarto de um hotel em Colatina, aponta asfixia e traumatismo craniano.

Segundo a Polícia Militar, o cenário encontrado pelos peritos foi o quarto todo revirado, sangue nas roupas de cama e a médica toda machucada.

O marido, que é ex-prefeito de Catuji (MG), e o motorista do casal foram presos acusados pelos crimes de feminicídio e homicídio, respectivamente.

No atestado de óbito da médica, as causas da morte apontadas foram hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue), asfixia mecânica, broncoaspiração (entrada de substâncias estranhas, tais como alimentos e saliva, na via respiratória) e traumatismo cranioencefálico (lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou permanentemente, incapacita a função cerebral).

Ainda conforme o boletim, o marido da médica e o motorista do casal deram versão diferentes sobre a morte de Juliana. Ambos foram presos em flagrante e encaminhados à Delegacia Regional de Colatina. A Justiça negou a liberdade provisória dos réus, que ficaram presos.

O caso seguirá sob investigação da Polícia Civil de Colatina.

Motivação

Segundo o pai de Juliana, Samir Sagi El-Aouar, o marido da filha sempre teve um comportamento agressivo. Ela, inclusive, aparecia frequentemente com hematomas, cortes, e uma vez surgiu com sete costelas quebradas. A família acredita que assassinato foi premeditado e motivo seria a disputa por uma herança de R$ 1,5 milhão, envolvendo uma criança de 12 anos.