A produção agrícola no Espírito Santo, no conjunto de 36 produtos de base agrícola, entre lavouras permanentes e temporárias, teve aumento no ano de 2022, em relação ao ano imediatamente anterior. As principais variações positivas que contribuíram significativamente no crescimento da produção foram para o café arábica (+45,62%), cana-de-açúcar (+7,67%), pimenta-do-reino (+6,17%) e tomate (+2,78%), que compensaram a queda na produção de coco (-14,07%), banana (-3,08%), mamão (-2,94%) e mandioca (-1,08%).
A área colhida expandiu em 3,94%, saindo de 578.947 hectares em 2021 para 601.778 hectares em 2022. As principais variações positivas que contribuíram na expansão da área, foram para pimenta-do-reino, que passou a ter 19.447 hectares (+6,17%), milho em grão, que passou a ter 15.624 hectares (+13,32%), seringueira, que passou a ter 11.031 hectares (+13,18%) e laranja, que passou a ter 1.817 hectares (+18,37%).
Com o levantamento dos dados, nota-se registros inéditos de culturas emergentes no Estado, como a soja, que, para 2022, teve 80 hectares de área colhida, 200 toneladas de produção, com produtividade média de 2,5 toneladas por hectare. A azeitona também é uma novidade, que teve registro de 30 hectares de área colhida, 6 toneladas de produção e produtividade de 200 quilos por hectare.
O abacate, que embora não seja emergente, tem ganhado proporções significantes e ampliado a produção. Em 2021, a fruta era cultivada em uma área de 918 hectares, com produção de 11.657 toneladas e produtividade média de 12,7 toneladas por hectare. Já em 2022, a área expandiu para 959 hectares (+4,47%), a produção foi de 24.991 toneladas (+114%) e a produtividade passou a ser de 26,1 toneladas por hectare (+114%).
Os dados mostram ainda o ranking do Espírito Santo na produção de algumas culturas em 2022. O Estado foi o maior produtor de café conilon, com 724.334 toneladas (67,06% da produção nacional), maior produtor de pimenta-do-reino, com 76.533 toneladas (59,53% da produção nacional) e maior produtor de mamão, com 426.616 toneladas (38,51%) da produção nacional, além do terceiro lugar na produção de cacau, com 11.703 toneladas.
“As estatísticas oficiais comprovam que o Espírito Santo é pujante na produção agrícola. Conseguimos otimizar pequenos espaços para alcançar maior produtividade. Nota-se que o desempenho de 2022 foi satisfatório, mas estimamos que os próximos anos sejam ainda melhores. O Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Agricultura, tem trabalhado fortemente no planejamento de longo prazo para a agricultura, que visa ao desenvolvimento sustentável de todas as cadeias produtivas e seus arranjos no agronegócio, inclusive as culturas recém-chegadas no Estado, como soja, trigo e olivicultura. As metas são ousadas, mas exequíveis. Portanto, vamos trabalhar para alcançá-las, visando expandir ainda mais a agropecuária
capixaba”, comenta o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Os dados foram apurados pela Gerência de Dados e Análises, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (GDN/Seag), a partir de dados originais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando o levantamento da Pesquisa Pecuária Municipal (PAM).