Na terça-feira, 20 de junho, a Caixa Econômica Federal surpreendeu o mercado ao anunciar a suspensão da cobrança de taxas do Pix para pessoa jurídica. A taxa, que estava prevista para entrar em vigor a partir de 19 de julho, foi suspensa temporariamente pelo banco público. A medida foi tomada após um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme divulgado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. A decisão será discutida na próxima semana, quando Lula retornar de sua viagem oficial à Europa.
Em um comunicado, a Caixa afirmou que a suspensão tem como objetivo ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar à nova medida e receber informações claras do banco sobre o assunto. A instituição também destacou que a suspensão ocorre devido à proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulações.
O ministro Rui Costa revelou ter conversado com a presidenta da Caixa, Rita Serrano, que demonstrou surpresa com a repercussão da medida. Segundo Costa, todos os outros bancos já cobram essa taxa de empresas, com autorização do Banco Central (BC), enquanto a Caixa não cobrava devido a questões técnicas e de tecnologia. A presidenta da Caixa não esperava que a decisão de acompanhamento dos outros bancos tivesse um impacto tão significativo.
A Caixa também desmentiu falsas notícias que circularam nas redes sociais, afirmando que pessoas físicas seriam tarifadas pelo Pix. O banco reforçou que não realiza a cobrança de tarifa do Pix para clientes pessoa física, microempreendedores individuais (MEI) e beneficiários de programas sociais.
Vale ressaltar que a cobrança do Pix para empresas é autorizada desde a criação da ferramenta, em novembro de 2020. No entanto, a Caixa afirmou que oferecerá uma das menores tarifas do mercado quando a cobrança entrar em vigor, em data a ser definida após a discussão da suspensão solicitada pelo presidente Lula.
A medida da Caixa em suspender temporariamente a cobrança do Pix para pessoa jurídica gera expectativas sobre possíveis mudanças futuras no cenário bancário em relação à cobrança de taxas em transações eletrônicas. Agora, resta aguardar o retorno do presidente Lula e as discussões que ocorrerão na próxima semana para obter mais informações sobre a decisão final do banco público.