A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Jaguaré, prendeu, no último dia 13 de novembro, um homem de 42 anos, suspeito do homicídio do próprio filho, um adolescente de 15 anos. O crime ocorreu no ano de 2021, na cidade de Jaguaré.
Após receberem informações do paradeiro do indivíduo, os policiais se dirigiram à localidade de Camamu, no Estado da Bahia, onde realizaram a prisão do homem. A madrasta da vítima também é investigada por envolvimento no crime e está foragida.
“Mais um crime perverso com requintes de crueldade. Os suspeitos administraram remédios para dopar o adolescente. Não deram a menor condição de defesa para a vítima. Pedimos ajuda à população que souber o paradeiro da madrasta, que está foragida, que denunciem ao Disque-Denúncia 181”, disse o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.
O adolescente foi assassinado em fevereiro de 2021. Inicialmente, o pai e madrasta alegaram que o menino havia cometido suicídio, mas alguns pontos levantaram suspeitas na polícia, levando as investigações a uma nova direção.
“Após recebermos o laudo da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), constatamos que a causa da morte foi estrangulamento e, a partir disso descartamos a hipótese de suicídio. Isso porque, quando há estrangulamento, é necessário que haja uma força mecânica que faça a constrição do pescoço da vítima e o adolescente não conseguiria fazer isso em si próprio”, explicou o titular da Delegacia de Polícia (DP) de Jaguaré, delegado Rodrigo Alves Damasceno.
O laudo cadavérico da PCIES indicou também que o corpo não tinha sinais de defesa contra o estrangulamento. O resultado do exame toxicológico também apresentou indícios que apontavam que o menino havia sido assassinado.
“Foi requisitado ao médico legista que verificasse a presença de medicamentos na corrente sanguínea e foram identificados outros fármacos que induzem ao sono. O menino morreu estrangulado enquanto dormia, tendo sido levado a um estado de torpor”, detalhou o delegado Rodrigo Alves Damasceno.
A investigação ainda constatou que o casal se mudou da fazenda onde moravam cerca de dois meses após o crime. “Nos causou estranheza, pois o homem trabalhava no local como uma espécie de caseiro há cerca de dez anos e não apresentou um motivo plausível para a mudança. Eles ainda pediram ao profissional que realizou o frete para avisar à polícia que iriam para Sooretama, quando, na verdade, se mudaram para o interior da Bahia”, acrescentou Damasceno.
Após a prisão, o indivíduo foi encaminhado ao sistema prisional. A madrasta do adolescente tem um mandado de prisão em desfavor dela e encontra-se foragida. Caso tenha informação sobre o paradeiro da suspeita, ligue para o Disque-Denúncia 181, o anonimato é garantido.
