As mudanças climáticas radicais, muito calor seguido de muito frio, trazem consigo uma série de incômodos, e a tosse, o espirro, o nariz entupido e os olhos irritados são alguns dos mais comuns. Mas afinal, o que está por trás desses sintomas?
As causas podem variar desde um simples resfriado até alergias ou infecções mais sérias, como a COVID-19. Além do clima, outros fatores como a poluição do ar, baixa umidade e a baixa imunidade podem influenciar o aparecimento desses sintomas. É fundamental estar atento e identificar a causa para um tratamento adequado.
Resfriado, gripe, sinusite, alergias e COVID-19 são condições que afetam as vias respiratórias e podem apresentar sintomas semelhantes, causando confusão, mas cada um deles apresenta características específicas.
O resfriado geralmente é mais leve, com coriza, espirros e garganta irritada. A gripe é mais intensa, com febre alta, dores no corpo e tosse seca. A sinusite causa dor facial, congestão nasal e secreção espessa. As alergias provocam coceira nos olhos e nariz, espirros frequentes e coriza aquosa. Outras infecções respiratórias provocadas por vírus como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o adenovírus também podem causar tosse e espirro. Já a COVID-19 pode manifestar-se com uma variedade de sintomas, incluindo febre, tosse, perda de olfato e paladar, e dificuldade para respirar.
A irritação nos olhos pode ser causada pela falta de umidade, que prejudica a mucosa ocular, aumentando a chance de infecções e doenças. A baixa umidade do ar pode causar alergias e comprometer a lubrificação ocular, causando sintomas como vermelhidão, irritação, ardência, sensação de areia nos olhos e até embaçamento visual.
Fatores que podem influenciar
Clima: Eventos climáticos extremos, como ondas de calor e de frio, e secas prolongadas, e a intensificação da poluição do ar, desencadeada por diversos fatores, contribuem para o agravamento de doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite, e aumentam a incidência de infecções respiratórias agudas. A poluição do ar, composta por partículas finas e gases tóxicos, irrita as vias aéreas, prejudica a função pulmonar e torna o sistema respiratório mais vulnerável a infecções. Além disso, as mudanças climáticas favorecem a proliferação de alérgenos e patógenos, intensificando as crises alérgicas e aumentando o risco de pandemias.
Poluição do ar: A inalação de partículas finas, gases tóxicos e outros poluentes presentes no ar contaminado pode desencadear uma série de problemas de saúde, como asma, bronquite crônica, doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) e até câncer de pulmão. Crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes são os mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar, que podem agravar condições respiratórias e levar a hospitalizações e, em casos mais graves, ao óbito.
Baixa imunidade: A baixa imunidade é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de doenças respiratórias. Quando o sistema imunológico está enfraquecido, o organismo fica mais vulnerável a infecções, como gripes e resfriados, que se aproveitam para atacar as vias respiratórias. Além disso, doenças crônicas como a asma podem ser agravadas pela baixa imunidade, aumentando a frequência e a intensidade das crises. Fatores como má alimentação, falta de sono, estresse e doenças preexistentes podem comprometer a imunidade e deixar o indivíduo mais suscetível a essas enfermidades.
Baixa umidade: A baixa umidade do ar, especialmente durante os períodos mais secos do ano, pode agravar significativamente diversos problemas respiratórios. O ar seco irrita as vias aéreas, causando ressecamento, inflamação e aumentando a sensibilidade a alérgenos e irritantes. Consequentemente, doenças como rinite, sinusite, faringite e asma tendem a se manifestar com maior intensidade, provocando sintomas como tosse seca, espirros, coceira na garganta e dificuldade para respirar. Além disso, a baixa umidade facilita a proliferação de vírus e bactérias, aumentando o risco de infecções respiratórias. A baixa umidade pode causar também irritação nos olhos, pois prejudica a lubrificação ocular. Entre os sintomas estão vermelhidão, coceira, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, ardência, visão embaçada.
O que fazer?
- Hidratação: Beba bastante líquido para ajudar a aliviar a irritação na garganta e facilitar a eliminação das secreções.
- Higiene das mãos: Lave as mãos frequentemente com água e sabão para evitar a propagação de vírus e bactérias.
- Cobertura ao tossir e espirrar: Utilize um lenço descartável ou o cotovelo para cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
- Para proteger os olhos: Use colírios lubrificantes, óculos de sol com proteção UV, chapéus e viseiras, mantenha se possível umidificadores ligados em casa e no trabalho e evite o contato com mãos sujas.
Repouso: Descanse o corpo para que o sistema imunológico possa combater a infecção. - Consultar um médico: Se os sintomas persistirem ou se agravarem, é fundamental procurar um médico para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.