Força Aérea Brasileira envia investigadores ao Cazaquistão após queda de avião da Embraer

A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou, nesta quinta-feira (26), o envio de três investigadores ao Cazaquistão para oferecer suporte técnico nas investigações da queda de um avião comercial da Azerbaijan Airlines em Aktau. O acidente resultou na morte de 38 das 67 pessoas a bordo do Embraer 190, matrícula J2-8243, que havia decolado de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grósnia, na Rússia. A aeronave foi forçada a realizar um pouso de emergência a apenas 3 km da cidade.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o avião em manobras no ar, com o trem de pouso aberto, enquanto perdia altitude. Em seguida, a aeronave colidiu com o solo, resultando em uma explosão. O envio dos investigadores brasileiros é parte dos protocolos do Anexo 13 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional, que visa garantir a segurança na aviação e a colaboração entre os países signatários, incluindo Brasil e Cazaquistão.

Informações provenientes de quatro fontes azerbaijanas indicam que a aeronave pode ter sido abatida por um sistema de defesa aérea russo. Essa teoria foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens do interior do avião com “coletes salva-vidas perfurados”. Especialistas em aviação, inclusive na mídia russa, corroboraram essa avaliação, sugerindo que o avião pode ter sido confundido com um drone ucraniano.

Lito Sousa, especialista em aviação e criador do canal Aviões e Músicas no YouTube, destacou que os danos visíveis na aeronave não são típicos de um acidente convencional. “É uma possibilidade concreta que a causa principal tenha sido abate”, afirmou.