Em entrevista exclusiva à Rede Nova Onda, na tarde desta terça-feira (4), o irmão da servidora Nauva Bening, assassinada em 2016 no município de Vila Pavão junto com o filho, Vitor Bening, falou do momento em que o condenado a 42 anos de prisão pelo duplo homicídio, José Antonio Basto, hoje com 37 anos, fugiu do fórum de Nova Venécia.
Segundo Almir Bening o momento foi desesperador. O réu aproveitou a hora em que o juiz se reuniu com os advogados e integrantes do júri popular para a somatória dos votos e posterior decisão, saiu da sala de julgamento junto com familiares e, pela falta de policiamento, deixou o local.
“O vigilante não teve culpa porque estava sozinho e sequer sabia quem era o réu. Ele abriu a porta do fórum e o José Antonio saiu. Eu estava junto com a minha sobrinha, que é filha dele (réu) e ela entrou em desespero quando viu ele fugindo. Começou a gritar o as pessoas vieram, mas ele já tinha ido embora. Foram duas surpresas. A gente nem esperava que ele estaria presente porque estava foragido desde quando o crime aconteceu e quando vimos, lá estava ele. A outra foi quando ele fugiu dessa forma”, detalha.
A filha da vítima e do réu hoje mora com o tio no Córrego da Figueira, em Vila Pavão. Na época com sete anos ela presenciou o crime. Agora, depois do ocorrido, Almir Bening espera que José Antonio seja encontrado e detido. Ele teme pela própria vida e pela vida da sobrinha, hoje com 14 anos de idade.
“Agora, com a condenação, esperamos que a polícia encontre ele. Nós estamos aqui na roça com medo de que algo possa acontecer com a gente. Espero que a justiça vá atrás”, conclui o tio que hoje é responsável pela guarda da sobrinha.
Essa não foi a primeira audiência marcada para julgar o caso. No dia 15 de setembro, um julgamento aconteceria no fórum de Nova Venécia, mas foi desmarcado por falta de testemunha. Naquela ocasião o suspeito não havia comparecido.
Quando o crime aconteceu, Nauva e o suspeito já eram separados. O homem, inclusive, já tinha outra família, mas não aceitava que Nauva se relacionasse com outra pessoa.
Após o crime o suspeito chegou a ser preso. Ele ficou detido em São Mateus, mas foi solto após 30 dias.
Posteriormente foi preso novamente em Minas Gerais e após alguns dias, liberado pela segunda vez. Até o julgamento desta segunda-feira o suspeito não havia sido mais visto.