Um policial militar reformado de 49 anos foi preso durante operação realizada pela Delegacia Regional de Barra de São Francisco, em conjunto com a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), no bairro Centro, em Barra de São Francisco, na manhã desta terça-feira (22). As investigações apontam que o militar era responsável por produzir, imprimir e vender notas falsas de dinheiro na região, além de falsificar documentos públicos.
As diligências foram realizadas, após diversos comerciantes locais começarem a registar o boletim de ocorrência na Delegacia, informando que estavam recebendo notas falsas de dinheiro. A partir daí, foi instaurado um Inquérito Policial (IP), que conseguiu identificar a pessoa que estava produzindo-as.
“Após identificar o suspeito, representamos pelo mandado de busca e apreensão, que foi expedido pelo Poder Judiciário, e deflagramos a operação com a Polícia Militar. No local, além de localizarmos papel moeda e as notas falsas que ainda não tinham sido cortadas, encontramos três revólveres sem registro, muitas munições e diversos produtos de furto e roubo”, disse o titular da Delegacia Regional de Barra de São Francisco, delegado Leonardo Forattini.
Durante a operação, foram apreendidos um computador e a impressora que era utilizada para a fabricação das notas falsas, além de várias carteiras de identidade falsas com a foto do militar e de outras pessoas. As investigações apontam que o suspeito fabricava as cédulas de dinheiro e as vendiam para moradores da região por um valor menor que, geralmente, eram utilizadas para comprar produtos em bares e festas.
O capitão Prates, chefe da Comunicação Social do 11° Batalhão, enfatizou que a Polícia Militar não compactua com qualquer ação criminosa de qualquer servidor que esteja nos quadros da corporação. “Toda e qualquer infração será rigorosamente apurada e exemplarmente punida, caso comprovada a autoria e a materialidade, mediante o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório”, ressaltou o capitão.
O suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e falsificação de documento público, sendo encaminhado, posteriormente, ao Sistema Prisional. Foi instaurado um Inquérito Policial para apurar a questão da receptação. Já o inquérito sobre as cédulas será encaminhado à Polícia Federal.