Ministério da Justiça e Febraban lançam Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais

O Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciaram nesta terça-feira (18) a criação da Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais, com o objetivo de fortalecer a parceria com a Polícia Federal e centralizar os canais de denúncia para vítimas de golpes financeiros. A iniciativa, que visa tanto a prevenção quanto a repressão de crimes cibernéticos, resulta de um acordo técnico estabelecido em agosto do ano passado e foi debatida por um grupo de trabalho desde setembro de 2024.

A aliança terá um comitê gestor formado pelo Ministério da Justiça e pela Febraban, que definirá diretrizes e promoverá fóruns de discussão bimestrais para acompanhar as ações. Três grupos temáticos foram designados para desenvolver estratégias em áreas prioritárias: prevenção e conscientização, aprimoramento de dados e protocolos de compartilhamento, e atendimento às vítimas, incluindo a centralização de canais de denúncia e a criação de protocolos específicos para crimes cibernéticos.

Dados do Ministério da Justiça revelam que 36% dos brasileiros foram vítimas de golpes ou tentativas de golpes em fevereiro de 2024, com a população acima de 60 anos sendo a mais afetada. Os golpes mais frequentes incluem clonagem de cartões (44%), fraudes por falsas centrais de cartões (32%) e pedidos de dinheiro por meio do WhatsApp (31%). A aliança busca enfrentar essa crescente onda de criminalidade digital, considerada uma “epidemia” pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enfatizou a importância da colaboração entre os setores público e privado, destacando que a inteligência e a capacitação técnica são essenciais no combate aos crimes digitais. A aliança, que inclui representantes de diversos setores, como tecnologia da informação e telecomunicações, visa criar um ambiente virtual mais seguro e confiável, promovendo medidas de prevenção, detecção e repressão a fraudes bancárias e digitais.