A Fundação Renova, em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), lança, nesta sexta-feira (19), o projeto de apoio à cadeia produtiva do cacau da região de Linhares, no Espírito Santo.
O anúncio acontece durante o Chocolat Espírito Santo, Festival Internacional do Chocolate e Cacau, o principal evento do setor de chocolate, cacau e derivados da América Latina, que será realizado pela primeira vez no município, entre os dias 18 e 21 de agosto.
O projeto é voltado para pequenos e médios produtores e visa a trazer soluções para o fortalecimento e desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do cacau em Linhares. Além de colaborar para a proteção ambiental e dos recursos naturais, o projeto também tem como objetivos o aumento da produtividade, a melhoria da renda do produtor e a eficiência do setor.
Entre as ações, estão oito treinamentos para 20 técnicos e quatro capacitações para 40 produtores, nos temas como “Gestão e comercialização”, “Manejo sustentável do cacau”, “Segurança e saúde” e “Pós-colheita”. Haverá também a realização de quatro dias de campo e intercâmbio para 40 produtores.
A iniciativa também prevê acesso a crédito rural, aprimoramento da cadeia de mudas e sementes de cacau e foco no aumento da produtividade e qualidade das amêndoas. Ainda será distribuído um Manual de Boas Práticas elaborado com base no Currículo de Sustentabilidade do Cacau.
Além do repasse de recursos previstos em cerca de R$ 1,57 milhão, a Fundação Renova fará parte da governança, dentro dos comitês de Gestão e de Operacionalização. Já o Imaflora será o principal responsável pela condução e pela gestão da iniciativa em território capixaba.
“O projeto de apoio à cadeia produtiva do cacau da região de Linhares contribuirá para a capacitação de produtores e técnicos, que depois se tornarão multiplicadores dos conhecimentos adquiridos, além de fortalecer as associações de produtores. É um importante passo para fomentar a economia local”, ressalta o especialista em Economia e Inovação da Fundação Renova, Anizio Dutra Vianna.
Outros parceiros também estarão envolvidos, como as comunidades, os sindicatos rurais e o CocoaAction Brasil, que fará a supervisão do projeto. O CocoaAction é uma iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF), que atua no Brasil desde 2018.
O coordenador de Projetos do Imaflora e responsável pelo programa Cacau 2030, criado pela CocoaAction e WCF para o estímulo à cultura cacaueira, Vitor França, explica que o objetivo da parceria entre a organização, a Fundação Renova e a CocoaAction é fortalecer a cadeia do cacau no Espírito Santo. “As capacitações e os encontros irão promover mais oportunidades aos produtores. Com isso, o Imaflora e o projeto Cacau 2030 irão se somar aos esforços dos parceiros em benefício e profissionalização contínua da cadeia do cacau em todo o estado”, ressalta.
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.
Sobre o Imaflora
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) é uma associação civil sem fins lucrativos, criada em 1995 sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica, associada a boas práticas de manejo e à gestão responsável dos recursos naturais.
O Imaflora busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer a diferença nas regiões em que atua, criando modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em diferentes municípios, regiões e biomas do país.