Na noite desta segunda-feira (31), a discussão de um projeto de lei que visa conceder um tíquete-alimentação de R$ 1,2 mil aos vereadores de Ecoporanga gerou intensos protestos e tumulto na Câmara Municipal. A leitura da proposta no plenário foi interrompida devido à forte reação da população, que se aglomerou em grande número na Câmara. O presidente da Câmara, vereador Eduardo Muquy (PSB), precisou suspender a sessão e a Polícia Militar foi chamada para restaurar a ordem. O projeto, que não foi votado, foi apenas encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve retornar à pauta na próxima quarta-feira (2).
Os manifestantes, que se opuseram ao projeto por considerá-lo uma “vergonha”, pressionaram os vereadores, destacando a disparidade entre os benefícios propostos e a realidade econômica da cidade. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Ecoporanga, Gumercindo Cândido de Oliveira, criticou duramente a proposta, ressaltando que os servidores da prefeitura recebem um tíquete de apenas R$ 300,00 e que a cidade enfrenta dificuldades financeiras.
A proposta não apenas reajusta o valor do tíquete-alimentação dos servidores da Câmara, que atualmente é de R$ 485,00, mas também inclui os próprios vereadores como beneficiários, o que gerou ainda mais indignação entre os cidadãos. O ato de protesto foi convocado pelo Sindicato dos Servidores Públicos do município e teve o apoio de diversos moradores.