O projeto socioambiental ReciclaFolia coletou cerca de seis toneladas de restos de fantasias utilizadas durante o Carnaval de Vitória, que aconteceu entre os dias 07 e 09 deste mês, no Sambão do Povo, na Capital. Os resíduos receberam destinação correta antes que pudessem ser lançados no meio ambiente.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Socioambiental e Cultural ReciclaFolia, Cida Moschem, o trabalho começa com a coleta do material, depois é feita uma triagem do que foi recolhido e, por último, é destinado para os grupos cadastrados. Entre eles, os de empreendedores do artesanato, economia solidária e produtores culturais.
“Após os desfiles, os foliões costumam descartar os adereços e fantasias em lugares inapropriados, aí começa o nosso trabalho. Recolhemos esse material, que são reutilizados e transformados em arte, seja pelos empreendedores do artesanato, da economia solidária, seja por grupos de teatro. Neste ano, recolhemos cerca de seis toneladas de resíduos, superando os anos anteriores. Além disso, oferecemos oficinas de artesanato nas comunidades, escolas e instituições, fomentando a geração de renda e arteterapia”, afirmou a coordenadora do projeto.
Cida Moschem disse ainda, que outro trabalho oferecido pela entidade é o de educação ambiental, realizado por meio de palestras que tratam da importância do reaproveitamento e a conscientização da preservação do meio ambiente. “Esse bate-papo é feito em escolas e comunidades e quem se interessar, basta entrar em contato, por meio do número 027 99637-3306, ou pelo Instagram, @reciclafolia.
Para o gerente de economia solidária da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado (Aderes), Renato Alexandre Rangel de Jesus, a autarquia apoia os empreendedores no processo de reciclagem e reutilização das fantasias gerando oportunidade e renda.
Além disso, Renato de Jesus disse ainda que todo mês os catadores organizados do Espírito Santo, retiram cerca de 1.500 toneladas de resíduos do meio ambiente. “Esses trabalhadores retiram dos lixões mais de mil toneladas de material reciclado, o que movimenta cerca de R$ 1,5 milhão na economia do Estado. Essa é uma atividade que gera renda para muitas pessoas, e o que temos visto é o aumento do setor”, afirmou.