Na madrugada de sexta-feira (12), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), através da Delegacia de Vila Valério, deflagrou a Operação Luxúria para cumprir três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão.
Também foram realizados bloqueios de bens e valores, além do afastamento de sigilo financeiro, contra um grupo criminoso acusado de extorquir vítimas e movimentar mais de R$ 600 mil em um período de seis meses.
A ação contou com o apoio da Delegacia Regional de Colatina, além das Delegacias de Jaguaré e São Gabriel da Palha. Os alvos da operação estavam localizados em Colatina.
A mulher, de 31 anos, apontada como líder da organização criminosa, e seu companheiro, de 37, foram detidos no bairro Aparecida, em Colatina. Na residência do casal, a polícia apreendeu diversos itens de luxo, como relógios, óculos, perfumes importados, dinheiro em espécie e um veículo avaliado em R$ 120 mil. Todos os itens foram registrados e servirão como evidências na investigação.
De acordo com o delegado Erick Lopes Esteves, titular da Delegacia de Vila Valério, “a mulher utilizava perfis em sites de encontros para atrair suas vítimas, depois começava as extorsões, ameaçando ‘arruinar a vida delas’, divulgar contatos para familiares e, em alguns casos, enviando vídeos de execuções para intimidar”.
A investigação revelou que o grupo movimentou mais de R$ 600 mil em menos de seis meses, valor incompatível com a realidade financeira dos suspeitos.
“Um dos investigados é beneficiário do programa Bolsa Família. Além disso, diversas contas em nome de terceiros foram abertas para receber os valores extorquidos, e contratos de empréstimo foram utilizados para esconder o dinheiro ilícito. A líder da quadrilha não possuía emprego formal, mas ostentava fotos e vídeos de viagens a destinos como Dubai, Maragogi e Jericoacoara. Recentemente, ela também usou os recursos das extorsões para financiar cirurgias plásticas para a filha”, acrescentou o delegado.
Uma terceira suspeita, de 40 anos, foi localizada e presa no bairro Mário Gilrizato, em Colatina. Após os procedimentos legais, os detidos serão encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Durante a investigação, foram identificadas vítimas em mais de dez municípios do estado.




