O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apresentou denúncia contra 27 pessoas nesta sexta-feira (19) pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
O grupo é acusado de fraudar negociações envolvendo a venda de café no Estado, o que teria resultado na sonegação de aproximadamente R$ 466 milhões em impostos.
A investigação foi conduzida pelo MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (GAESF), em parceria com a Secretaria da Fazenda (Sefaz).
Entre os denunciados estão empresários, contadores, produtores de café, funcionários de empresas e pessoas utilizadas como “laranjas”. O processo corre em segredo de justiça, e os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Conforme a denúncia, a organização criminosa atuava em todo o Espírito Santo, praticando fraudes fiscais na comercialização do café. O esquema tinha como objetivo ocultar a real movimentação econômica das operações e reduzir ilegalmente o pagamento de tributos.
Segundo o MPES, os prejuízos causados aos cofres públicos estaduais chegam a cerca de R$ 466 milhões.
No âmbito da Operação Recepa, aproximadamente R$ 12 milhões foram bloqueados em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. Além disso, foram apreendidos R$ 400 mil em dinheiro e decretada a indisponibilidade de cerca de 190 veículos.
Em 27 de novembro, uma fase ostensiva da operação cumpriu 14 dos 16 mandados de prisão preventiva expedidos, bem como 37 mandados de busca e apreensão — sendo 35 no Espírito Santo, um em Minas Gerais e outro em Sergipe.




